Sinal veremelho 0906
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com apoio da Asmeto e de entidades da sociedade civil, uniram forças para lançar a campanha "Sinal Vermelho" contra a violência doméstica. O objetivo é incentivar denúncias por meio de um símbolo: ao desenhar um "X" na mão e exibi-lo a um atendente da farmácia, a vítima poderá receber ajuda e acionar as autoridades. Após a denúncia, os profissionais das farmácias seguem um protocolo para acolher a vítima e comunicar a denúncia à polícia. Balconistas e farmacêuticos não serão conduzidos à delegacia nem, necessariamente, chamados a testemunhar, segundo os responsáveis pela "Sinal Vermelho".
A ação conta com a participação de quase 10 mil farmácias em todo o país e é uma resposta conjunta de membros do Judiciário ao recente aumento nos registros de violência em meio à pandemia do novo coronavírus. Uma das consequências da quarentena foi expor mulheres e crianças a uma maior vulnerabilidade dentro da própria casa. "A vítima, muitas vezes, não consegue denunciar as agressões porque está sob constante vigilância. Por isso, é preciso agir com urgência", explica a presidente da AMB, Renata Gil. "Várias situações impedem a notificação da forma como ela deveria ocorrer, porque as vítimas normalmente têm vergonha, têm medo de morrer. A campanha é direcionada para todas as mulheres que possuem essa dificuldade de prestar queixa", continuou.
 
A conselheira do CNJ, Maria Cristiana Ziouva, afirma que, na maioria dos casos, as agressões são cometidas por parceiros. O abuso de álcool também pode provocar comportamentos violentos. "Situações de estresse e a instabilidade econômica potencializam os riscos, especialmente neste momento delicado. Precisamos de união, e cada instituição apoiadora desempenha um relevante papel nessa luta",diz.

Para denunciar, basta desenhar um “X” na mão e exibi-lo ao funcionário de alguma farmácia. Em seguida, os profissionais acionam a polícia, para atendimento da mulher.  Balconistas e farmacêuticos não serão conduzidos à delegacia e nem, necessariamente, chamados a testemunhar.

Até o momento, mais de 10 mil farmácias em todo o país participam da iniciativa como agentes de comunicação contra a violência doméstica. A empresa interessada deve assinar digitalmente o termo de adesão da campanha, em formato de foto, e enviar para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

No endereço www.amb.com.br/sinalvermelho, estão disponíveis as cartilhas voltadas às mulheres vítimas de violência doméstica e às farmácias, além do termo de adesão.  Participe! Siga  @campanhasinalvermelho (Instagram e Facebook) e @sinalvermelho (Twitter).